Dia Nacional da Alfabetização converge à realização dos testes de Fluência Leitora
Escolas têm até o dia 24 de novembro para fazer as avaliações com os
estudantes do 2º Ano do Ensino Fundamental
Alunos da EEEB São Francisco com a professora Leni, aplicadora dos testes de Fluência Leitora no educandário |
O Dia Nacional da
Alfabetização, comemorado hoje, 14 de novembro, vai ao encontro da realização
de uma etapa extremamente importante para as escolas neste processo de
formação: o desenvolvimento dos Testes de Fluência Leitora.
As escolas têm até o próximo
dia 24 de novembro para aplicar a avaliação com todos os alunos do 2º Ano do
Ensino Fundamental. Em toda a rede pública dos 32 municípios do Vale do
Taquari, entre escolas estaduais e municipais, 3.655 estudantes devem fazer o teste.
A iniciativa integra as ações do Programa Alfabetiza Tchê e tem como objetivo
assegurar que todas as crianças sejam alfabetizadas na idade certa.
Na Escola Estadual de Educação Básica (EEEB) São Francisco, de Progresso, a professora Leni de Fátima Vedoy Barbon é a responsável pela aplicação das avaliações de fluência censitária no educandário. Ao todo, 11 alunos do 2º Ano realizaram o teste no dia 8 de novembro, individualmente, na biblioteca da escola.
“Escolhemos a biblioteca por
ser um ambiente harmonioso e isento de barulho. Antes dos alunos serem chamados
para a realização da avaliação, eu estive na sala de aula, conversei e os
tranquilizei”, relata a professora Leni.
Ela explica que alguns já dominam a leitura e outros ainda estão em processo de desenvolvimento, mas todos exercitaram a leitura de palavras, principalmente as de duas sílabas e integrantes do vocabulário.
Professora da turma de 2º Ano,
Cláudia Lazzaron, afirma que a pandemia, e a consequente necessidade de
paralisação das aulas presenciais, foram o maior desafio no processo de
alfabetização dos estudantes nos últimos anos.
“Como alfabetizadora percebo alguns desafios acerca do letramento pós pandemia, como: qual a melhor forma de acolhimento às crianças e suas famílias e como criar um ambiente emocional adequado para que desenvolvam o prazer de aprender a ler e escrever”, cita.
Outro desafio é manter os
alunos interessados em meio ao mundo digital. “É importante ressaltar as
dificuldades enfrentadas pelos docentes em como proporcionar aos estudantes
oportunidades e experiências que possibilitem a ampliação dos letramentos e
desenvolver práticas de linguagem nos quatro eixos contemplados na BNCC:
oralidade, leitura/escuta, produção de textos e análise linguística/semiótica”,
ressalta a professora.
Material didático
Com o intuito de auxiliar os
professores, e por consequência os alunos, a
Secretaria da Educação (Seduc) disponibiliza, por meio do programa Alfabetiza
Tchê, Material Didático Complementar, além de realizar periodicamente ciclos
formativos com equipes técnicas, gestores escolares e professores.
No ano
passado, cerca de 92
mil alunos do 2º ano do Ensino Fundamental da Rede Pública – escolas estaduais
e municipais - foram avaliados nos Testes de Fluência Leitora. Na Rede
Estadual, 53% dos estudantes estão no nível pré-leitor, 37% estão no nível
leitor iniciante e 10% estão no nível leitor fluentes.
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