Valorização das mulheres pauta atividades na EEEM Estrela
Estudantes realizaram uma blitz na frente da escola e
promoveram rodas de conversa sobre o assunto
A luta feminina por direitos iguais mobilizou estudantes do 1º
Ano da Escola Estadual de Ensino Médio Estrela durante o último mês. Sob a coordenação
do professor de História Gabriel de Souza da Rosa, eles realizaram o projeto "Valorização
das mulheres e combate ao machismo”, que culminou nesta terça-feira (18) pela
manhã com duas relevantes ações.
Uma delas ocorreu na Rua Coronel Müssnich, em frente ao
educandário. Com acompanhamento da Brigada Militar, os estudantes pararam na
faixa de pedestres e exibiram um cartaz com os
dizeres "Valorizar as mulheres: ato de igualdade." Eles também
entregaram aos motoristas origamis com frases inspiradoras
sobre o tema.
A ação durou cerca de 20 minutos e teve como objetivo
transcender o assunto para além dos muros da escola, onde cartazes informativos,
charges e letreiros com frases permeiam os corredores e instigam o diálogo
sobre a luta feminina.
A outra ação do projeto, realizada ontem pela manhã, por alunos do 1º Ano ocorreu no auditório da escola. Estudantes do 1º ao 3º Ano do turno da manhã participaram de uma roda de conversa com as profissionais do Centro de Referência de Atendimento à Mulher (CRAM): psicóloga Natália Sulzbach, assistente social Janaína Moreira Nortagiacomo e assessora jurídica, Vanessa Zimermann.
A orientadora educacional da escola, Isabel Cristina dos
Santos Cordeiro, foi a mediadora do diálogo que abriu aos alunos a
possibilidade de conhecer melhor o serviço de assistência à mulher ofertado
pelo Município de Estrela. No espaço, localizado na Rua Tiradentes, 473, são acolhidas
mulheres vítimas de violência, seja de cunho físico, psicológico, moral,
patrimonial ou sexual.
Durante o bate-papo, os alunos também puderam conhecer sobre
os pontos mais importantes da Lei Maria da Penha, como são identificados os
tipos de violência e estabelecidos os mecanismos de proteção às vítimas, bem
como de punição aos agressores. O ciclo da violência e a legislação sobre
feminícidio também foram abordados na ocasião.
Da história para o
presente
Professor de História da EEEM Estrela, Gabriel de Souza da
Rosa, coordenou o projeto. Ele conta que a ideia de trabalhar o tema de forma
mais enfática e prática foi sugerida pelas próprias alunas, durante as aulas
sobre a Grécia Antiga.
“Abordei o fato de que as mulheres Espartanas tinham muito
mais direitos e liberdade do que as de Atenas e, a partir disso, as meninas sugeriram
as ações de combate ao machismo e mais valorização às mulheres na atualidade. Nas
aulas de História lembramos o passado para entender o presente e acredito que
através de ações como estas, feitas por elas, possa ser moldado um novo futuro.”
Vanessa Stein, Anna Laura Luzzivogt e Ana Rafaela Hasse foram
algumas das alunas responsáveis pela ação na faixa de pedestres e também por
promover o diálogo acerca do tema com outras estudantes, em que, de sala em
sala, elas convidaram as meninas a escreverem alguma frase machista que já
teriam ouvido. Elas ficaram muito felizes com a parceria do professor, até como
forma de destacar que a luta pelos direitos femininos é de todos.
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