EEEF Severino Frainer mobiliza comunidade para proteger e proliferar as abelhas

 

Neste Dia do Meio Ambiente, 5 de junho, um meliponicultor e o extensionista da Emater estiveram na escola para orientar os alunos acerca do manejo destes insetos de grande importância ecológica


Estudantes plantaram mais de cem mudas de chás, flores e árvores que atraem as abelhas

Professores, equipe diretiva, funcionários, estudantes e seus pais, vizinhos e entidades parceiras da Escola Estadual de Ensino Fundamental (EEEF) Severino Frainer, de Marques de Souza, reuniram-se, neste ano, em prol de uma causa crucial para o equilíbrio ambiental do Planeta Terra: a proliferação das abelhas.

Desde fevereiro, a instituição realiza o projeto interdisciplinar “Escola amiga das abelhas: polinizando o saber”, que visa sensibilizar os estudantes, da Educação Infantil ao 9° ano, sobre a valorização do meio ambiente e a relevante função das abelhas no ecossistema terrestre.

A ideia surgiu nas reuniões pedagógicas, antes do início do ano letivo, a partir da verificação do aumento de conteúdos midiáticos sobre a extinção das abelhas e também por conta da constatação, in loco, da diminuição destes insetos.

“Pesquisamos e nos demos conta de que a falta de alimento, devido ao uso de agrotóxicos e do desmatamento, são a maior causa desta redução, então, procuramos uma maneira de ajudá-las”, explica a diretora da escola, Simone Zambiasi.

O primeiro passo da iniciativa foi o plantio de flores, chás e árvores frutíferas que alimentam as abelhas. O pai de um dos alunos da escola foi o responsável por arar a terra e preparar os canteiros, enquanto os estudantes semearam mais de cem mudas.

No solo fértil, cultivam laranjas, bergamotas, mamões e abacates, que, além de servirem de chamariz para as abelhas, são usados no cardápio escolar. Nenhum tipo de agrotóxico é utilizado na lavoura e toda a irrigação é feita através de cisterna com coleta da água da chuva.

Professora de Ciências da escola, Graciela Fleck, afirma que a visão coletiva já é algo comum na escola. “Os alunos vivenciam a escola como a casa deles, através das trocas e das construções no coletivo”. Ela sente-se grata ao ver como eles têm percebido a importância do projeto.


Alunos da Educação Infantil ao 9º Ano participam das atividades

Jober Augusto Scheibel é um dos participantes da iniciativa e demonstra este engajamento, apontado pela professora. “Precisamos cuidar para que as abelhas não desapareçam, porque são muito importantes para o meio ambiente. Realizam a polinização do nosso alimento, frutas, grãos e flores”, comenta.

O mesmo é percebido com Cauã Felipe Schmidt, aluno 7º Ano. Para ele, a ação é de extrema importância. “Assim estaremos ajudando na sobrevivência das espécies e com as flores poderemos acompanhar o processo de polinização e futuramente teremos mel”, aponta.

 

União de esforços para um mundo melhor

O trabalho conjunto da comunidade escolar da EEEF Severino Frainer resultou na instalação espontânea de duas colmeias da abelha Jataí nos muros da escola, o que poderá ser ampliado. Isto porque, nesta segunda-feira, 5 de junho, Dia Mundial do Meio Ambiente, a instituição deu mais um passo importante rumo à proliferação da espécie no local.


Duas colmeias instalaram-se espontaneamente
nos muros da escola desde o início do projeto






O meliponicultor Gerson Kruger e o extensionista da Emater de Forquetinha, Arthur Eggers, estiveram na escola ensinando aos estudantes sobre o manuseio correto das abelhas, iscas para capturá-las e alimentação das mesmas.

“Foi uma tarde de muito aprendizado. As crianças puderam ver as colmeias de diversas espécies dentro das caixas. Conheceram o comportamento das abelhas, a necessidade de flores para a polinização e aprenderam como fazer uma isca para atrair enxames”, relata Simone. Os alunos ainda degustaram mel de diferentes espécies, para distinguir os sabores.



Estudantes provaram diferentes tipos de mel


Meliponicultor e extensionista da Emater estiveram
na escola nesta segunda-feira



O profissional especialista em criação de abelhas sem ferrão doou uma caixa cheia delas para a escola e se dispôs a dar suporte ao projeto. “Estamos confiantes que nosso projeto dará ótimos frutos. Lançamos a semente, agora cultivar e colher para o bem de todos”, destaca a diretora.



Meliponicultor doou uma caixa de
abelhas sem ferrão para a escola

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