Três estudantes da 3ª CRE têm redações publicadas em revista da Ajuris

 Eles participaram de uma sessão de autógrafos em Porto Alegre, no lançamento da publicação


Amanda Damasio Dalla Vecchia, da Escola Estadual de Ensino Médio Donato Caumo, de Coqueiro Baixo; Isabela Marcon, do Instituto Estadual de Educação Monsenhor Scalabrini, de Encantado; e Lucas Becker Lau, da Escola Estadual de Ensino Médio Guararapes, de Arroio do Meio, tiveram seus textos publicados na revista da Associação dos Juízes do RS (Ajuris).

As redações fazem parte de um seleto grupo de 21 produções escritas que foram selecionadas entre 287 inscritas na primeira edição do Prêmio Ajuris de Redação nas Escolas. Realizado em 2022, o concurso teve como tema Onde está a justiça em sua vida?”, mote dos textos dos alunos.

Na sexta-feira, dia 30 de junho, Amanda, Isabela e Lucas participaram de uma sessão coletiva de autógrafos do periódico no auditório da Escola da Magistratura, em Porto Alegre. Também estiveram presentes juízes e juízas, responsáveis por comentar cada uma das redações do livro.

O momento foi de muita satisfação, compartilhado entre os estudantes, seus professores e familiares. Isabela conta que se sentiu grata e transformada com o reconhecimento. “É uma alegria poder representar o colégio e o município, que me apoiaram para poder estar presente no evento. Eu tenho apenas a agradecer a todos eles. Obrigada por todo o apoio”, diz a estudante, que é aluna do IEE Monsenhor Scalabrini e contou com o auxílio das professoras Margarete Fachi e Daniela Garcia na produção textual.

“A Ajuris enviou para a escola a respeito do concurso, eu levei para a sala de aula e discuti com meus alunos sobre justiça. Li o regulamento com eles e deixei livre para quem quisesse escrever sobre o tema. Foram quatro alunos que me entregaram e selecionei um”, relata a docente Margarete.

Já a professora Daniela assessorou Isabela nos ajustes. Elas tiveram apenas dois dias para melhorar o texto ao máximo. “Foram muitas correções. Eu ia onde a professora Dani estava e nós ficávamos lá trocando ideias, alterando o texto, tornando-o mais coerente e compartilhando nossas ideias com a prof. Marga”, conta.

No texto, a estudante defende a ideia difundida pelo filósofo político John Rawls em seu livro "Uma Teoria da Justiça", em que ele defende o conceito de justiça como garantia de equidade de direitos e deveres. 

‘É necessário observar as diferenças ao conceder os direitos às pessoas e não julgar que todas têm as mesmas condições, pois não têm. Suas diferenças merecem ser consideradas, para que assim todos possam ter sua integridade respeitada e valorizada”, ressalta a estudante.


Estudante Isabela Marcon

Amanda, aluna da EEEM Donato Caumo, conta que também teve poucos dias para desenvolver o texto. “Foi a minha mãe quem me ajudou a começar a redação. Ela disse que a justiça estava presente desde o início, do dia em que somos concebidos até nossa morte, por isso o nome é “Justiça desde o princípio”, explica.

Professora Gabriela Giovanelo e a estudante
Amanda Damasio Dalla Vecchia

Para ela, a publicação do texto na revista foi algo inimaginável. “Eu não esperava participar disso. Conheci pessoas incríveis que me motivaram a não desistir dos meus objetivos. Tenho muito orgulho de mim mesma, porque meu esforço foi recompensado. Ver as pessoas que me cercam, minha família e professores, orgulhosos de mim, é muito gratificante.”

A estudante agradece o apoio da mãe e da professora Língua Portuguesa, Gabriela Giovanelo, que insistiu para que ela participasse do concurso.  “É importante destacar que a Amanda foi bem persistente, pois, como o texto deveria ser redigido à mão, ela precisou passar a limpo diversas vezes, tanto para ajustar o tamanho da letra à quantidade de linhas, quanto por rasuras que surgiram ao longo da escrita”, aponta a professora.

Lucas também precisou de muita dedicação para fazer o seu texto. A redação dele versa sobre como a justiça está relacionada com a vida. “É uma análise sobre como a justiça vai além de apenas o julgamento entre o certo e o errado, o criminoso e o inocente, mas um poder garantidor dos direitos de todos”, comenta.


Professoras Deise e Valquíria Dienstmann
e o estudante Lucas Lau Becker

Ele buscou referências de autores que falam sobre justiça e os conceitos acerca dela. Além disso contou com a colaboração das professoras Vera Regert e Nádia Baséggio, na parte gramatical e de concordância. “Eu gostaria de agradecer as professoras Deise e Valquíria do Guararapes que se dispuseram a me trazer até a premiação e sempre foram muito queridas. Com a gestão delas o Guararapes se tornou, na minha opinião, uma das melhores escolas estaduais da região”, agradece Lucas.

 

Segunda edição está com inscrições abertas

Promovido pela Associação dos Juízes do RS (Ajuris), o segundo Prêmio Ajuris de Redação nas Escolas está com inscrições abertas até o dia 7 de agosto. Podem participar alunos dos ensinos fundamental e médio das redes públicas. O tema deste ano é “Ouçam bem o que venho dizer: quem a justiça precisa ouvir?”. A premiação conta com as categorias Ensino Fundamental e Ensino Médio, com a distribuição de mais de R$ 10 mil em prêmios para os três primeiros lugares em cada uma das categorias. 

 

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